Embora muitas pessoas possam não perceber, o machismo está presente em diversas situações do dia a dia e pode ser normalizado sem que se perceba. Entenda mais!
O machismo é um problema social enraizado em nossa cultura há séculos, e infelizmente, ainda é uma realidade em nossa sociedade. A normalização deste comportamento perpetua ações prejudiciais para todos, especialmente para as mulheres.
Contextos de normalização
Uma das formas mais comuns de normalização do machismo é através da linguagem. Expressões como “se comporta como uma mulherzinha”, “homem de verdade não chora” ou “mulher no volante, perigo constante” são apenas alguns exemplos do quanto a sociedade insere o machismo de forma naturalizada em nossas vidas.
Essas expressões são usadas com tanta frequência que muitas vezes não percebemos o quanto são prejudiciais.
Outra maneira de normalização do machismo, é a divisão de tarefas domésticas. É comum vermos mulheres sobrecarregadas com as responsabilidades da casa, enquanto os homens não são incentivados a participar ativamente dessas tarefas. Isso acontece porque a sociedade valoriza a figura masculina como provedor financeiro e, portanto, espera-se que as mulheres cuidem da casa e dos filhos.
Machismo e violência
Além disso, o machismo também pode ser visto em situações de violência contra as mulheres. Infelizmente, a violência de gênero ainda é uma realidade em nossa sociedade, e muitas vezes é justificada por comportamentos como “ela provocou”, “ela mereceu” ou “ela estava pedindo”. Essas frases são extremamente perigosas, pois culpabilizam a vítima e autorizam a violência.
Dados alarmantes mostram que o Brasil é o 5º país com a maior taxa de feminicídio do mundo, segundo a OMS. Além disso, de acordo com dados do IPEA, a cada 7,2 segundos, uma mulher é vítima de violência física no país. Esses números mostram que é urgente revermos nossos posicionamentos e atitudes em relação ao machismo, a fim de construir uma sociedade mais justa, respeitosa e igualitária para as mulheres.
Uma luta de todas e todos
É importante destacar que a luta contra o machismo não se trata de uma “guerra dos sexos”, mas sim da luta por direitos e igualdade. É fundamental que as pessoas percebam o quanto o machismo é prejudicial e trabalhem para mudar seus comportamentos e atitudes.
É preciso discutir e enfrentar o machismo em nossa sociedade. Uma das formas pela qual devemos fazer isso é educando nossas crianças. Meninos podem chorar, expressar suas emoções, brincar com o que quiserem, ajudar nas tarefas domésticas e principalmente, ver nos pais exemplos e demonstrações de respeito a todas as mulheres com as quais se relacionam.
Todos nós podemos fazer a diferença, seja no nosso dia a dia, dentro de casa, no ambiente de trabalho ou em espaços públicos. A luta contra o machismo é uma luta de todas e todos nós.